Resultado Mensal: Versa +9,5%, CDI +0,5%, Ibov +0,5% (Fev-18)

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Resumo do Mês

Fig1. Vix – Volatility Index

O mês de Fevereiro foi marcado pela volta da volatilidade aos mercados. O S&P passou por forte realização e a volatilidade explodiu, como mostra o VIX (fig.1). Após fechar no maior valor da história, o S&P caiu 10% em 9 dias, o mesmo que havia demorado 61 dias para subir. Alguns atribuem a queda ao aumento da curva de juros americana, que está no maior patamar dos últimos 5 anos em função da inflação, que apareceu após anos sem dar notícias. No artigo sobre Jerome Powell de nov-17 apontamos que o pleno-emprego e o baixo aumento da produtividade americanos aumentavam o risco inflacionário, que poderiam levar o FED a aumentar os juros mais rápido. De lá para cá a chance atribuída pelo mercado do Banco Central americano subir os juros 4 vezes em 2018 aumentou de 2% para 25%.

Geralmente, por outro lado, a alta dos juros é acompanhado pela valorização do S&P (fig.2 e 3). A atividade mais forte aumenta os lucros das empresas e a inflação, quando não reduz as vendas, também. Quando a inflação sobe com força o FED vê-se obrigado a elevar os juros para desaquecer a economia, afetando a confiança, aumentando o desemprego e reduzindo o consumo. O lucro das empresas cai junto ao crescimento econômico, o que faz a bolsa cair e o FED voltar a cortar os juros. Um descontrole inflacionário, por outro lado, poderia mudar esta dinâmica

Fig 2 – Fed Funds vs S&P (1990-2018)
Fig. 3 – Fed Funds vs S&P (1955-1980)

Apesar do governo ter tomado medidas estimulativas como o corte de imposto, e planejar outras inflacionárias, como as barreiras comerciais, a inflação americana ainda está controlada e a curva de juros prevê apenas a normalização da taxa, sendo insuficientes para explicar a realização. Adicionalmente à questão macroeconômica, entretanto, os anos de juros baixos aumentaram a alavancagem dos mercados e reduziram os prêmios de risco, deixando-o suscetível às correções. Um exemplo são os fundos vendidos em volatilidade (VIX) que colapsaram no evento. Os fundos auferiam maiores lucros conforme as oscilações do mercado diminuíam. No final das contas, parece que estamos passando por um ajuste no prêmio de risco dos mercados que não terminará do dia para noite, mas sozinho não tem força para afetar a economia americana, menos ainda da brasileira que começou a pouco a sair da crise. Por isso em fevereiro o Ibovespa subiu +0,5% na contramão do S&P que caiu -3,9%, enquanto o Versa subiu +9,5%.

31-jan-1828-fev-18Variação
Versa6,6467,2769,5%
CDI aa6,9%6,6%0,5%
Ibovespa84.91385.3540,5%

 

Temos frisado a importância do long & short do Versa, que dessa vez foi o responsável por todo o resultado do mês. Enquanto as ações compradas subiram +3,4% as vendidas a descoberto caíram -2,6%, um descasamento de +6%, significativo para uma carteira diversificada com ações em sentidos contrários. Hoje o Versa tem 23 ações compradas (20 via papel e 3 via opções) e 12 ações vendidas a descoberto. A maior posição da carteira, Locamérica, representa 23% do patrimônio, quase o mesmo que a maior venda a descoberto, RaiaDrogasil, com -20% do PL. Outras posições de mesma magnitude são Fibria e Ultrapar. A posição média comprada, entretanto, é 8% e a vendida -9%, com tamanhos diferentes ajustados ao potencial e risco dos investimentos.

O maior ganho do mês foi, mais uma vez, Locamérica que subiu +23% com o otimismo relativo à fusão com a Unidas, gerando +4,9% de ganho para o fundo. Em segundo Fibria gerou +2,4% de lucro com a alta de +12,3% dos papéis após jornais anunciarem que a empresa estaria estudando uma fusão com a Suzano. O terceiro maior ganho foi da posição vendida a descoberto em RaiaDrogasil, que caiu -8% e gerou ganho de +1,9% para o fundo. O resultado do 4o tri veio em linha com o esperado pelo mercado, mas mostrou desaceleração importante no crescimento das lojas maduras, deixando dúvidas se a concorrência está mais dura.

A maior perda do Versa em fevereiro foi BrProperties que caiu -19% e subtraiu -1,9% do fundo. A empresa anunciou que a Petrobrás vai devolver metade da área alugada em um dos seus principais imóveis, a torre Ventura no centro do Rio de Janeiro. A perda representa ~8% da receita da empresa e será amenizada pela multa rescisória, entretanto o papel teve forte queda pela desconfiança em relação ao Rio, onde a empresa tem ~metade da sua área bruta locável e grande parte está desocupada. O momento no Rio é difícil mas o mercado de São Paulo (outra metade) está se recuperando, a vacância deve cair e os reajustes de aluguel devem voltar. Por isso aproveitamos a queda para comprar. A segunda maior perda da carteira foi Direcional que caiu 9% e causou prejuízo de 1,5% ao fundo.

LivroPosição LíquidaLucro (Prejuízo)
Long178%4,7%
Short-115%3,0%
Opções52%3,1%
CDI68%0,3%
Taxas-1,9%
Resultado 9,5%

 

Ao longo do mês reduzimos a exposição direcional através da venda de parte da posição em opções.

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54 COMMENTS

  1. Luiz, vocês têm algum estudo ou simulação de como o fundo teria ido em 2008, quando todos fundos foram mal?

    Pergunto isso, pois há alguns casos conhecidos em que fundos simplesmente quebraram, alguns fundos bastante alavancados que vinham performando bem, na época tiveram que chamar o cotista para aportar dinheiro e cobrir o prejuízo.

    Luiz stulberguer sempre fala que antes de rentabilizar, ele prefere preservar.

    Não estou aqui falando de meses negativos como ocorreram no ano passado, nem de anos negativos como os de 2014 e 15.
    Eu falo de o fundo seguir existindo em algum caso parecido com o de 2008 ou até mesmo outros ocorridos mais antigos.
    Os fundos long only no geral foram muito bem em 2009, no entanto alguns mais alavancados não conseguiram se recuperar.

    Quais os mecanismos de segurança vocês têm para isso?

    Att

    • Jorge, boa noite. Não fizemos essa simulação pois é difícil extrair informação dela. O maior problema é pressupor que manteríamos a mesma posição durante toda a crise, sem proteger a carteira no meio do caminho. Outra dificuldade é a falta de histórico da preços. A Locamerica, por exemplo, lançou suas ações em 2012.
      O Versa é um fundo de alto risco e está sujeito a perdas significativas. Semanalmente publicamos na página do Risco http://54.207.107.46/o-fundo/risco/ a simulação da maior perda em 1 dia da carteira nos últimos 2 anos. Atualmente seria na delação do Joesley uma perda de 9%. Em um evento como a quebra da Lehman em 2008 imagino que a perda seria maior. A pergunta é por que teriamos o posicionamento atual naquele cenário. Vai contra nossa metodologia de investimentos. Um abraço,

      • Obrigado, Luiz
        Mas haveria alguma hipótese de perder todo patrimônio a tal ponto como ocorreu com o fundo da GWI, se não me engano?

        ou o versa, apesar de exposto, não chegaria a tanto mesmo com algo bem maior do que Joesley.

        pergunto isso, pois ter meses de queda é tranquilamente suportável, mas ser chamado a aportar como ocorreu com Gwi, é mais complicado.

        Desculpa pelo receio, mas temo por isso ao ver que a base versa estar alavancado.

        • Meu caro, não quero ser ofender de forma alguma, mas se você tem receio, talvez este não seja o fundo para você. O fundo versa deixa bem claro que é de alto risco.
          Sim, exite a possibilidade de que os cotistas façam aportes para o fundo. Não há porque ficar criando “ses”, o risco é claro.

          • Se eu precisar de alguma resposta sobre algum outro assunto, te procurarei, Rafael.

            No entanto, enquanto meus questionamentos forem sobre o fundo, pode deixar que questiono diretamente o pessoal que faz.
            Agradeço sua leitura do regulamento.

            Atenciosamente.

        • Bom dia Jorge. Nossa estratégia é diferente do GWI. Nossa alavancagem é feita no long&short. Ao invés de tomar dinheiro emprestado no CDI para comprar mais ações, nós vendemos ações a descoberto. Por isso os fundos não são comparáveis. Somos um long & short, eles são long only. Assim esperamos que uma perda dessas nunca aconteça, porém como o fundo tem alavancagem, ela está prevista no regulamento. Um abraço,

          • Muito obrigado, Luiz.

            Esclarecedoras suas respostas sobre as diferenças na alavancagem .
            Interessante saber que não é alavancagem tomando emprestado.
            Dessa forma o risco parece ser diminuído.

            Abraços

          • Sim, o risco é diferente. Em uma posição direcional alavancada, como a GWI, o risco sistêmico se torna mais presente. Se a bolsa sobe o fundo ganha muito, se cai perde muito. No long & short, o risco é o descasamento entre os papéis comprados e os vendidos a descoberto. Se a bolsa cai, o resultado do fundo será negativo se papeis comprados cairem mais que os vendidos, ou positivo se os vendidos caírem mais que os comprados. No Versa misturamos as duas fontes de risco, tanto direcional quanto long & short. Por outro lado não alavancamos o direcional a termo. Se quisermos ficar maisd e 100% comprados, utilizamos opções, que têm perda limitada. Um abraço

  2. Jorge, também tinha essa curiosidade sobre 2008, mas capaz que em 2008 a maior preocupação do Luiz era ir em Caio Martins torcer para o time dele, rsrs.

    Renda variável só sabemos que sobe e desce e que, o importante, é a média ser positiva (maior que o benchmark).

    Tem um ditado que diz que “QUEM PAGA CONTA É A MÉDIA”.

    • Hahaha

      Em 2003 eu vivia no Caio Martins acompanhando o Fogão na segunda divisão. Nessa época eu estagiava na Fiducia, uma das maiores assets da época.

      Em 2008 já estava na mesa da Itaú Asset passando fortes emoções. Foram tempos inesquecíveis, de muito aprendizado. Nessa época operava índice futuro e opções, e os nossos fundos (multimercados) foram os melhores do mercado.

      Um abraço,

      • Quais seriam os fundos operados em 2008, Luiz.
        Gostaria de dar uma olhada neles se não se importar.

        teria os nomes ou cnpj deles?

        Abraços

        • Fazíamos bolsa para todos os fundos multimercados do Itaú. Os principais fundos são o Itaú Hedge MM e o Itaú Hedge Plus MM. Além deles, tambem manejávamos o Itaú K2 e o Itaú Malta (acho que não existe mais). Um abraço,

  3. Caros gestores,

    Relato problemas: o fundo aparece na grade da Órama porém, não está disponível para aplicação.

    • Bom dia Márcio! A Órama estava com um problema de Ti que já foi normalizado. Pode verificar novamente, por favor? Um abraço,

  4. Bom dia Luiz! Consegui realizar a aplicação agora. Pelo visto foi normalizado. Obrigado pela atenção e retorno. Abraços e sucesso$$$ com o novo produto!!!

  5. Caro Luiz,
    Boa tarde.
    O Fundo Versa Fit estará disponível na XP?
    E o atual fundo do Versa, vai fechar mesmo não permitindo novos cotistas?
    Att,

    • Boa tarde Diogo,

      O Versa FIT está disponível apenas na Órama.

      Não temos previsão para reabrir o Fundo Versa que fechou.

      Atenciosamente

  6. Boa noite e parabéns pelo trabalho. Tenho uma dúvida típica de leigo, em Fundos de Investimentos ha um raciocínio analógico ao de ações, ou seja, “nunca” entrar no topo histórico nem “nunca” sair na baixa histórica? Mesmo sabendo da dificuldade em, no momento, se situar, mas o ideal é entrar em um Fundo quando ele está caindo ( como o Versa em Out.17)?
    Abs!

    • Boa noite Leandro! Ótima pergunta. Quando o fundo está subindo não dá para saber o tamanho total da alta e se ficar esperando, pode perder o movimento. Quando o fundo passa por correções, não dá para saber quando atingiu a mínima nem quão rápido irá recuperar a queda. Os fundos de ações long only têm correlação maior com o índice Bovespa. Já os long and short, como o Versa, podem até lucrar quando a bolsa cai. Ultimamente temos mantido uma posição maior comprada em ações pois estamos otimistas com a recuperação economia, por isso o Versa tem subido e caído junto com a bolsa. Com o horizonte de longo prazo, geralmente é uma boa ideia comprar a bolsa quando ela cai. Difícil, mais uma vez, é adivinhar o fundo. Um abraço,

  7. Bom dia! Gostaria de saber quando e onde será feita a divulgação dos resultados do Versa Fit. Grato!

    • Boa tarde Diógenes,

      O Versa FIT tem sua cota divulgada diariamente, porém a rentabilidade só vai poder ser divulgada depois de seis meses devido a regras de regulação.

      Grato,
      Marcus Vinicius

      • Nesse período inicial do VERSA FIT, é possível alocar um recurso e retirar após um mês ou menos sem problemas? Vai ser rentabilidado normalmente?
        Após uma retirada, não existe restrição para novos aportes?
        Obrigado.

        • Bom dia Flavio. Sim, é possível pedir resgate dos recursos a qualquer momento, tanto do Versa quanto do Fit. Se a retirada for com menos de 1 mês, terá incidência de IOF (regressivo) sobre o rendimento. Desaconselhamos investir nos nossos fundos com um horizonte de tempo tão curto. Aconselhamos que os investimentos no FIT sejam de longo prazo (>2 anos), pois é um fundo volátil. Um abraço,

          • O Versa vai ficar lá “quietim”… e bom trabalho à todos da equipe.
            O Versa FIT vai ser a poupança… uma hora a gente pode precisar. mas a idéia é deixar lá também, claro.

  8. Boa tarde, Luiz. Tenho estudado a gestora GTI esses dias e estou gostando do que estou observando. Parabéns pela transparência, nós, cotistas agradecemos.

    Comecei uma posição no Versa em meados de 2017, e agora estou avaliando a possibilidade de montar algo no GTI Dimona FIA, do Gordon. Queria saber se a diversificação faz sentido, já que você deve ter muito contato com o Gordon nos comitês de investimentos e, por isso, devem haver ações coincidentes nos dois fundos.

    Um abraço e obrigado.

    • Diego, boa noite! Boa pergunta. O investimento no Dimona será uma diversificação de fato ao seu investimento no Versa, por alguns motivos.

      1- Apesar das carteiras terem algumas ações em comum, a maior parte das carteiras é diferente.

      2- Enquanto o fundo Versa é um long and short que também faz a alocação direcional, o Dimona é um fundo direcional que também faz long & short. Por isso a correlação do Versa com a bolsa (~40%) é muito inferior à do Dimona (~70%). Essa é a razão do Versa ter benchmark CDI enquanto o Dimona tem benchmark Ibovespa.

      3- o André Gordon é um dos melhores gestores de ações do mercado, com mais de 20 anos de experiência, o que inclui as mais diversas crises e rallys nos mercados. Seu dinheiro será bem tratado.

      Um abraço,

  9. Boa tarde Luiz Alves,
    quando o valor das cotas do VERSA FIT estará disponível no site da Órama ? Fiz uma aplicação desde o dia 7/03 e conta que esta ” aplicação em andamento” e mostra o valor investido ,mas não mostra quantas cotas foram compradas e o valor delas.

    obrigado

  10. Valter,

    Você aplicou no dia 07/03. A cotização é D+1, ou seja, a cota do dia 08/03. Seu investimento só começou “a rodar” hoje dia 09/03. Segunda, certamente, a cota estará valorizada/desvalorizada conforme o resultado do dia de hoje.
    Em tempo: não sou da equipe do Versa. Sou apenas um investidor tentando compartilhar um pouco da minha experiência.

    Abraços!

  11. Já levei uma turma para o Versa, agora vai outra para FIT!!! Fiz outra nova aposta nessa data no FIT! Vamos que vamos! Sucesso a todos!

  12. Luiz, atuo no segmento de alta renda há 14 anos, passei pela Unibanco, Itaú, Hsbc e Bradesco, caso algum dia tenham interesse em em abrir alguma plataforma em BH, tenho interesse em participar do processo. Estou ativo no mercado, mas pensando fazer alguma movimentação. Gosto muito da forma que conduzem o negócio de vocês!
    Até

  13. Prezados,
    A estratégia/ Regulamento do fundo permite estar mais vendido do que comprado?

    Por exemplo, caso vocês decidissem na segunda-feira vender as ações que hoje estão compradas, sem se desfazer da posição vendida? claro que nesse exemplo respeitando os 67% mínimos em ações compradas.

    detalhando melhor o exemplo.
    caso hoje o fundo estivesse com 150% comprado e 100% vendido.
    se por ventura vocês passassem a ter certeza de que a bolsa de valores sofreria forte desvalorização, vocês poderia deixar, por exemplo, a carteira com 67% comprada, mas manter a posição vendida em 100%?

    Abraços

    • Vou tentar explicar melhor então, usando o seu exemplo, que reflete muito bem o funcionamento do fundo.
      Se hoje estamos 150% comprados e 100% vendidos, nossa posição líquida é conprada em 50%. Se tivéssemos certeza que a bolsa ia cair, faríamos o que vc falou, diminuiriamos a posição comprada. Nesse exemplo, porém, não poderíamos diminuí-la para 67% e manter a vendida em 100%, pois a posição líquida ficaria vendida em 33%, e não podemos ficar vendidos. Assim, poderíamos diminuir a posição comprada para 100%, equiparando-a à posição vendida, ou mesmo reduzir ambas para 67%. A posição liquida do fundo só pode ficar entre 0% e 100% comprados.
      Continue perguntando, é um prazer explicar como funciona o fundo.
      Um abraço!

      • Luiz,

        Vocês costumam hedgear as posições vendidas? Com compra de call, por exemplo?

        E independentemente só das posições vendidas, de forma mais geral, vocês fazem hedge contra tail risks?

        Se o fundo estiver muito otimista com a bolsa brasileira, mas vier uma crise, em algum momento o drawdown do fundo estacionaria (ou até diminuiria)? Isto desconsiderando as atitudes a posteriori que a gestão ativa possa tomar para reduzir o drawdown.

        Em outras palavras, há preocupação de manter o perfil do portfólio convexo?

        • Boa noite Wesley. Gostei da pergunta!
          Comprar calls como hedge dos shorts seria equivalente a fazer os shorts comprando puts. Já compramos no passado para fazer o hedge da carteira, mas nos últimos tempos temos usado calls para incrementar a posição comprada.
          As opções do fundo têm a função de, justamente, diminuir o drawdown do direcional. Por outro lado, a carteira base do fundo é um long and short que ultimamente tem estado comprado. Esta exposição líquida não anda hedgeada o tempo todo, por isso é limitada a 100% do fundo.
          O maior componente de risco do fundo, entretanto, é o long&short. No l&s corremos o risco do descasamento entre o beta dos longs e dos shorts. Por outro lado, em momentos de crise, a correlação entre os papéis tende a 1, o que limita o aumento da volatilidade do fundo. Por isso, se reparar bem, verá que a volatilidade do Versa aumenta junto com a da bolsa, mas em menor magnitude. Essa é a defesa natural da carteira, que ainda assim pode sofrer choques grandes.
          Dessa forma, a carteira não é naturalmente convexa. Para as perdas do fundo serem decrescentes na margem, a gestão precisa atuar.
          Um abraço,

      • Obrigado, Luiz,
        não havia visto sua última resposta.

        então voltando ao exemplo de estar mais ou menos comprado.
        você disse que poderia, por exemplo, estar 67% comprado e 67% vendido, isso num cenário em que fosse possível verificar que o ibov tenderia à queda.

        Então, diminuir a posição comprada e aumentar a posição vendida é facilmente montada após planejado?
        ou seria algo que vocês teriam que dar um jeito de verificar bem antes de o mercado o geral?

        já chegou a acontecer de vocês diminuírem bastante a exposição nesses dois últimos anos de excelentes resultados?

        Att
        Alan

        • Boa tarde Alan! A maior parte da carteira é líquida e conseguimos desmontar sem dificuldades. Há outras formas de proteger a carteira ainda mais rápido, como através da venda de futuros. Por outro lado, não fazemos movimentos intempestivos. Não condiz com a nossa filosofia de investimentos. Somos fundamentalistas e dificilmente um evento único mudará nossa opinião sobre a carteira como um todo. Essa mudança de otimista para pessimista tende a ser gradual, conforme as condições vão se deteriorando. Ao longo da história do Versa protegemos a carteira algumas vezes usando principalmente futuros e opções. Um abraço,

          • Obrigado Luiz,

            Podemos dizer que o Versa, apesar da grande volatilidade pode ser considerado mais seguro do que um long only em um caso desastre eleitoral de outubro?

            pensei nisso, pois em caso de uma ruim eleição o capital externo poderia diminuir no ibovespa e consequentemente o capital brasileiro também.

            Um long only não teria muito para onde fugir, não é,? já que ele teria que continuar exposto em no mínimo 67%.

            O versa, após o susto e queda inicial teria capacidade( não certeza, claro) de montar um portifólio capaz de ganhar com a queda, não é?

            viajei muito?

            é que minha preocupação maior não é em si com as perdas ou ganhos diários ou mensais, mas sim em inversão de direção do ibovespa de forma contínua.

            Abraços,
            Alan Jacobsen

  14. Luiz, sei que o versa FIT abriu agora, mas tem uma previsão de fechamento igual o versa long biased quando atingir um determinado patrimonio e abrindo no caso o 3° fundo depois do FIT? Só para eu ficar ciente que quando atingir determinado valor ira fechar para captaçao, Obrigado.

  15. Sou cliente da Órama via plataforma da GTI Invest. No meu caso, a cota do Versa está do dia 08/03, enquanto a do Versa Fit está dia 07/03.
    P.S: não estou reclamando, apenas relatando o ocorrido.
    Ab.

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